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Experimente Design Estrategicamente - Cartilha da ADEGRAF
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Como água para a criação


Iniciando esse nosso papo virtual, vou propor um exercício:

De olhos fechados, em um ambiente silencioso, imagine uma forma geométrica qualquer. Construa esta forma em seu cérebro. Agora coloque nessa forma um movimento que você acha que melhor se adapte a ela.

Visualize em seu cérebro essa forma e seu movimento por um tempo; depois adicione um som a essa imagem.

É importante que você não mude nada depois de sua escolha inicial.
Coloque um ritmo e, se quiser, letra, voz, música. Tudo funcionando em conjunto em sua mente.

Depois, respire fundo e associe um aroma. Tente sentir, realmente, este cheiro.

Mantenha na memória todo este conjunto e adicione uma emoção, ação ou um desejo.

Visualize uma imagem que represente tudo isso: a forma, o movimento, som, ritmo, aroma e emoção. Termine imaginando uma cor, uma única cor, que possa representar tudo o que você criou.



Isso é sinestesia, e foi assim que trabalhei com o aluno deficiente visual que falei no texto anterior, O Cheiro do Design.

A razão de eu abordar esse assunto foi pelo retorno que obtive. Foi por sempre desejar trabalhar o design com olhares diferentes, e agregando cada vez mais conceitos e formas de linguagem, que iniciei pesquisas com a sinestesia, não apenas das cores, mas das formas geométricas, dos tipos, linhas, gestos etc.

O trabalho com deficientes visuais só faz com que fique mais clara a existência e eficiência da linguagem sinestésica.

Para nós, que enxergamos, é mais difícil sentir, perceber e, principalmente, ler essa linguagem, mas ela existe e é uma ferramenta rica e importante de comunicação que nós, designers, deveríamos entender, estudar, usar e aplicar cada vez mais.

Conseguir agregar a um logotipo, cartaz, cenário, elementos que vão além do que vemos, que fazem parte de um conjunto de sensações não visíveis, só faz com que cada trabalho feito, criado, possua um resultado mais eficiente e, com isso, tenha um contato mais direto com nosso receptor.

A sinestesia visual e todo o seu conjunto de sensações — formas, cores, tipos etc. — pode também estar presente em textos, palavras, gestos. Ou seja, ela está presente não apenas no que vemos, mas no que falamos e escrevemos. Está presente nesse texto.

Qual seria o conjunto sinestésico que eu criei no momento de escrever este texto?

Como em tudo que faço, crio; sempre começo com um conjunto sinestésico. Deixo todas as minhas linguagens aflorarem. Isso quer dizer que, ao iniciar esse artigo, tinha uma cor, um som, um aroma que se traduziram e ajudaram a compor essas palavras.

Nem sempre esse conjunto de sensações faz parte de nosso gosto pessoal, mas mesmo assim deve ser observado e levado em conta.

Muitos designers usam o ritmo, o som como inspiração para criação, como Rafic Farah e suas muitas obras criadas ao som de Pixinguinha ou Tom Jobim, fato contado por ele mesmo em um encontro que tivemos na universidade.

Essa inspiração é sinestésica e pode vir de aromas, formas, temperaturas, de toda e qualquer coisa que vai além da visão.

Fica aqui uma proposta e uma dica.

A proposta: faça o exercício inicial e me conte o resultado.

A dica: sempre ao iniciar um trabalho crie seu ambiente sinestésico de acordo com o tema de sua criação e verá como o resultado pode ser melhor.

***

Não sei que vocês, leitores repararam, mas os meus títulos fazem sempre uma relação com cinema.

O primeiro com o filme
O Cheiro do Ralo

e, por isso, a partir deste artigo você encontra sempre uma dica de filme, que tenha alguma relação com o meu texto e uma dica de música. A relação design, cinema e música esta sempre presente em tudo que faço.

Para ver:
Como água para Chocolate

Para ouvir:
Putumayo – World Music Márcia Okida designer gráfico, vice-presidente da Associação Cultural Vontade de Ver. Professora universitária nos cursos de Jornalismo e Produção Multimídia e coordenadora do curso de Produção Multimídia da Universidade Santa Cecília — UNISANTA. okida@uol.com.br

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O cheiro do Design

Teatro, cinema, música, arte; cores, tipos, formas, sensações...
Tudo isso contém, é, possui ou respira Design Gráfico.


Não sou daquelas designers que não se misturam ou que vivem questionando o que pode ou que não pode ser design. Para mim, Design Gráfico é tudo o que comunica visualmente alguma coisa. E essa “coisa” pode ser transmitida pelo olfato. Sim, o cheiro pode ter relação com o Design Gráfico.


Penso também que essa “coisa”, esse “tudo” que se comunica visualmente, pode ser bom ou ruim, feio ou bonito, estar certo ou errado. Tudo depende do ponto de vista, do público, do objetivo, do mercado.


Nestes meus mais de 20 anos de carreira como designer — e mais 10 como professora universitária — trabalho e acredito que devemos sempre agregar, trocar experiências e informações com arquitetos, jornalistas, publicitários, artistas e até advogados ou micreiros. Micreiros, sim... Por que não?!


Não acredito em tabus, em preconceitos ou pré-conceitos. Já aprendi muito com toda essa gama de profissionais e até mesmo com micreiros. Acho que isso é um dos segredos do sucesso.


Não, não entenda como sucesso ser rico e independente financeiramente. Para mim, sucesso não é isso. O sucesso está relacionado à felicidade e ao equilíbrio espiritual.
Digo sempre aos meus alunos que troquem olhares e experiências. Sempre temos algo a aprender e, principalmente, sempre temos algo novo para olhar, ver e aprender a ver. Mesmo que seja algo visto ou revisto milhares de vezes.


Devemos aprender a ver não apenas com a visão, mas além dela. Assim, estaremos mais aptos a criar, recriar, inventar e reinventar qualquer coisa. Sem barreiras, sem vícios e sem tabus.


Há mais de 10 anos, quando estava começando a lecionar na universidade, no curso de jornalismo, deparei com um — até então — problema: um aluno deficiente visual.
Minha primeira reação foi de dúvida, medo, não sabia o que fazer. Afinal, como ensinaria Design Gráfico de jornal e revista para um deficiente visual? Como ensinar linguagem das cores, dos tipos, das formas? Como falar de fotografia, regras dos terços ou ponto áureo? Caminho do Olhar? Ponto de força de uma página? Capa?


Esta foi uma das primeiras barreiras que quebrei. E fiz isso com muita paixão, vontade de ensinar, de aprender e, devo confessar, com certo medo e receio de não conseguir.
Estive com este aluno, esta classe, por dois anos seguidos. Ele foi um dos melhores alunos na minha disciplina. Tinha sempre uma das melhores notas. Muitas vezes ele se emocionou por conseguir “ver” tudo isso o que acabou de comentar acima e eu por conseguir fazer com que ele aprendesse realmente o que era Design Gráfico de jornal e de revista.
Isso foi há muito tempo, e não foi nada fácil, mas sempre uso de exemplo. Aprendi muito com esse aluno. Aprendi muito com jornalismo, com publicidade, com micreiros, com artistas.


Para trabalhar com teatro resolvi aprender com o teatro, subir no palco e atuar. Para trabalhar melhor com música, experimentei cantar e faço isso há seis anos. Para trabalhar com cinema e audiovisual me envolvo cada vez mais com profissionais da área.
Estou escrevendo tudo isso neste primeiro texto para a Zupi porque acho mesmo que um bom Design, seja ele de que área for, só existe sem preconceitos e sem tabus. Somente existe pela junção, pela soma, pela multiplicidade do olhar nas diversas áreas.
Esta multiplicidade, esta diversidade de olhares, é o que pretendo mostrar aqui em nossos encontros quinzenais ou pelo menos tentar transmitir o aroma, a sinestesia do design. Espero que gostem.


Márcia Okida é designer gráfico, vice-presidente da Associação Cultural Vontade de Ver, professora universitária nos cursos de Jornalismo e Produção Multimídia e coordenadora do curso de Produção Multimídia, da Universidade Santa Cecília — UNISANTA
okida@uol.com.br

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Cliente: CLINOE - Implantes Dentários
Projeto: Folder Institucional (2 dobras)
Formato: A4 Policromia Frente/Verso

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Cliente: Champ's Elysee (Aratuba - Itaparica - BA)
Projeto: Website Institucional
Segmento: Condomínios Residencias

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Cliente: Casulo Tattoo & Piercing
Projeto: Criação de Marca e Flyer promocional
Segmento: Estúdio de Piercings e Tatuagens 

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Cliente: Comunidade Jambeiro
Projeto: Folder institucional
Segmento: Produção Filosófica e Cultural

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Cliente: Subway
Projeto: Proposta de Outdoor (projeto acadêmico)
Segmento: Sanduíches tipo submarino

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Cliente: Subway
Projeto: Quiosque de praia (projeto acadêmico)
Segmento: Sanduíches tipo submarino

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Cliente: Memorial da Epopéia do Descobrimento
Projeto: Criação de Marca e Identidade Visual
Segmento: Museus e Memoriais


Peça: Cartão de Visitas



Peça: Manual de Identidade Visual

Peças: Envelopes Saco e Ofício

Peça: Papel Timbrado

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Cliente: Cia das Flores
Projeto: Criação de Marca
Segmento: Floricultura